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A Verdade Que Ninguém Conta A Você

SÃO PAULO – Os concursos públicos previstos para este ano deverão abrir 215 000 vagas, segundo estimativa da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos Públicos (Anpac). É uma bacana notícia num ano em que a economia, estagnada, precisará motivar cortes nas equipes em empresas da iniciativa privada. Desse jeito, a promessa é que 15 milhares de pessoas se candidatem a estes postos. “No momento em que se fala de redução de quadros nas companhias, é natural que as pessoas procurem algo que garanta salário e superior segurança”, diz Francisco Fontenelle, coordenador pedagógico da LFG, faculdade preparatória de concursos, de São Paulo.

Para saber como viabilizar esse plano, a VOCÊ S/A ouviu seis profissionais que tornaram-se craques desse tipo de seleção. “Passar em concurso tem de ser projeto de vida”, diz Gustavo Nogueira de Sá, de vinte e oito anos, analista do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Aprovado em quinze concursos, ele construiu até um aplicativo — que imediatamente contabiliza 20 000 downloads — pra repassar a outros candidatos tuas técnicas de estudo.

Ao longo dessa reportagem, ele e outros ex-concurseiros dão sugestões para que você consiga transformar em realidade o sonho de ingressar no serviço público. Em sua estratégia, ele foi aprovado em uma seleção para técnico do TRT, vaga que necessita de somente nível médio. A nomeação permitiu a Gustavo preparar-se pro concurso de analista do mesmo tribunal, que necessita de superior completo. “Estava concluindo a universidade de certo e sabia que, se estivesse trabalhando na área, minha oportunidade de aprovação aumentaria muito”, diz.

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Enquanto trabalhava como técnico, Gustavo garantia um salário, ganhava a experiência que contaria pontos e ainda se familiarizava com o questão das provas. O engenheiro mecânico Kaíque Knothe, de 26 anos, de Rio Claro, no interior de São Paulo, passou em primeiro espaço no concurso para auditor da Receita Federal, posto para o qual foi nomeado em novembro do ano passado.

Até tomar a decisão de preparar-se para concursos, Kaíque trabalhou como consultor de estratégia numa empresa em São Paulo, contudo não gostou do emprego. Para poder retomar os estudos, o engenheiro manteve-se no serviço e juntou uma reserva suficiente para cobrir seus gastos pessoais por ao menos um ano. Depois, pediu demissão e voltou a viver com os pais, no interior, pra apagar custos e se dedicar aos estudos em tempo integral — quatro horas no cursinho e mais 7 em moradia.

O planejamento financeiro permitiu que o engenheiro se concentrasse nos estudos sem a pressão das contas mensais. “Ainda tive a vantagem de poder voltar a residir com meus pais, e então não ter de pagar aluguel”, diz. Mas a possibilidade envolveu sacrifícios. “Fiquei um ano sem obter outra coisa que não fossem livros e apostilas”, reitera. Em sua pre­pa­ra­ção pros ­con­cursos, a ba­charel em direito Ga­briela Pereira Barbosa, de vinte e cinco anos, de Recife, Pernambuco, encontrou uma solução para clarificar as perguntas que surgiam ao solucionar questões de provas antigas ou de simulados. Ela formou um grupo de auxílio com duas amigas que estudam pra concursos da mesma área.